
Tal texto aborda as questões tão familiares a cada docente como a baixa remuneração, a desvalorização social e o ensino como mercadoria.
Encontro nos bancos de faculdade inúmeras colegas frustradas com o mercado que encontram em suas primeiras experiências em sala de aula, experiências essas que posso compartilhar pois as possuo também. Gadotti cita Paulo Freire e sua utopia pedagógica, quando lemos esse autor é bastante clara sua percepção real sobre a educação que é linda, mas existem consequências bastante dolorosas e ele estava ciente disso.
Vivemos hoje na era conhecimento onde este é moeda de troca no mundo globalizado, o professor é a ponte entre o aluno e o conhecimento então esse profissional tornou-se insubstituível nas instituições de ensino, seja ela qual for. Mas por quais motivos ainda não nos sentimos realizados? Felizes? Satisfeitos? Reconhecidos? A resposta é que não sentimos porque não somos. Não generalizando, mas é o que posso escrever usando os relatos diários de docentes.

A desvalorização pela carreira do magistério está em queda algumas décadas quando foram trocados os tutores particulares pelos cursos para moças serem educadas e conseguirem um bom casamento, quando estas não o conseguiam, seguiam suas vidas dando aulas, foi aí que surgiram as “tias.
Tia é uma pessoa boazinha, legal, porque cobrar para ensinar? Assim originou-se também a péssima remuneração por um trabalho tão desafiador e exigente que é a educação.
Lendo o escrito, percebi que a mesma busca que tenho feito nos últimos tempos por uma melhor formação, cursos e palestras outras pessoas também têm feito e os questionamentos não são sanados.
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