Hoje, depois de muitos dias chatos tive uma aula extremamente excitante. No laboratório de matemática assisti uma parte do Filme: Nós que aqui estamos por vós esperamos (primeira parte http://www.youtube.com/watch?v=Lwl_CdjW3sw). Essa obra é baseada nos livros de Erick Hobsbaun o maior historiador de todos os tempos, retrata em 55 minutos (o filme inteiro) a breve história do século XX suas transformações, a revolução industrial, o avanço das ciências, tecnologias, tudo isso com a trilha sonora vibrante de Win Mertens um compositor bélgico de música clássica minimalista. No enredo não há atores representando, o filme é composto pelo jogo de palavras, imagens, fotos, vídeos de fatos marcantes desse período que o autor-editor-produtor-diretor Marcelo Masagão criou em 1998 com tão grande leveza, poética, realidade e sensibilidade. Um fato bastante interessante é que Marcelo o fez praticamente sozinho e mais da metade do investimento para produção do filme teve o destino de cubrir custos autorais, porém o reconhecimento veio em forma de 18 prêmiações nacionais e internacionais conforme site http://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_dvd.asp?produto=9596. Os transeuntes expostos no documentário são pessoas simples ao lado de figuras conhecidas como Freud, Einstein, Ford. A leitura que faço desses personagens vem de uma frase logo no início do filme “Pequena histórias, grandes personagens” mergulhamos em nuvens e logo aparece na imagem um homem esperando um trem com uma lanterna na mão, provavelmente é um veiculo usado na guerra, assassinatos, cemitério é como se fôssemos nesse lugar reavivar tais indivíduos e recontar suas histórias, vidas, costumes, culturas, sentimentos.
O relógio assim como outros instrumentos de medir o tempo está presentes o tempo inteiro, parece que esses 100 anos correm nos 55 minutos de filme, a música casa como o ritmo e fotografias despertando sentimentos diversos, por isso a poética é quase palpável.
Outra inferência que pude fazer é a da descartabilidade tanto dos materiais quantos os sentimentos e ações sociais, do avanço das comunicações que proporcionaram, eletricidade, máquinas à vapor, processo fabril segmentado, com a ajuda claro do meu professor Erí e o coordenador Éder.
Após o intervalo comentamos o artigo: O conceito de cultura tecnológica e um estudo do meio educacional de Zulmira Medeiros e Paulo Cezar Santos Ventura ( http://www.portal.fae.ufmg.br/seer/index.php/ensaio/article/viewArticle/133) tal documento é coerente com o filme pois resumidamente traça a evolução da sociedade, sua moeda de troca, relações de poder, cultura, tecnologia, falamos sobre alguns teóricos como Foucalt, Morin, Paulo Freire, Karl Marx, Laraia, Bourdieu. Sinceramente, essa foi uma das aulas mais importantes de todo o curso, foi agradável, estimulante, excitante, alegre. Estou leve!
Para todas essas elucidações contei com meus colegas de classe e os professores Erisevelton Lima e Éder Alonso que brilhantemente levantaram questionamentos levando-nos a pensar, refletir e explanar nossa percepção sobre as ações dos indivíduos nesses materiais e ações do cotidiano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário