Sábado de carnaval não tinha dinheiro nem programa para fazer, assisti o filme Madame Satã (João Francisco dos Santos), uma biografia que conta a história de uma personalidade marginal que habitou a Lapa-RJ nos anos 30. O filme é brasileiro, dirigido por Karim Aïnouz, com estréia em 2002, que tão bem retrata o preconceito em relação ao negro, pobre e homossexual, esquecí também de mencionar a corrupção. João Francisco adotou o nome Madame Satã após assistir um filme de título homônimo de uma produção cinematográfica francesa de Cecil B. DeCemille.
O filme é forte, a fotografia bastante escura, tendo em vista passar-se quase todo o tempo pela noite, as casas dão um misto de asco e curiosidade assim como os personagens retratados nos bares sendo ricos ou não, acredito que por ser um registro histórico da organização urbana do século 30, 40. Dono de uma personalidade forte e explosiva João foi preso inúmeras vezes por desacato à autoridade. Realizava espetáculos noturnos em bares, sempre vestido com tendências andróginas. Morreu com uns 75, 76 anos.
Agora sei de onde Ney Matogrosso tirou inspiração para criar seus looks dos tempos de secos e molhados. OU INSPIRADOS POR ELE.
Observem...
Agora os figurinos do filme inspirados nos do próprio João Francisco
Será que eu viajei?
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